O meu nome é Ana e estou neste momento a fazer o meu SVE na Arménia, mais concretamente em Erevan, numa organização com um nome difícil de memorizar, International Center for Intercultural Research, Learning and Dialogue, a ICIRLD. Já passaram 7 meses e aguardam-me mais 5 meses de aventura e adrenalina.
Quando decidi que tinha que mudar de vida o destino colocou uma simples Newsletter da
AMC no meu facebook e quando dei por isso, apenas 1 mês e meio depois estava a caminho da Arménia com as malas cheias para 1 ano de novas experiencias. Para quem não sabe a Arménia é um pequeno país no Caucásios que muito se orgulha de ser o primeiro a adoptar o Cristianismo como religião e de grandes tradições.
Estes 7 meses tem sido uma aventura, já viajei um bocadinho por todo o lado, desde Tatev no Sul da Arménia onde existe o maior teleférico do mundo até Tbilisi na Geórgia onde já estive 4 vezes. Apaixonei-me pelo Cáucaso, pelas pessoas, pela comida e pelas suas paisagens estonteantes.
Nunca pensei que um país tão distante do meu pudesse fazer sentir tão em casa, as primeiras semanas podem ser um desafio, desde andar num autocarro onde se tem que “gritar” ao motorista que pare na próxima paragem, ao facto das pessoas se oferecerem para levar as tuas comprar quando não há lugar para te sentares, pode ser um desafio.
Nunca tinha trabalhado numa organização e não conhecia nada do trabalho em educação não formal, desde que cheguei aprendi a trabalhar em projectos organizacionais e esse é maioritariamente o meu trabalho. Contacto com pessoas de toda a Europa diariamente entre e-mail e quem passa no escritório para um ou outro projecto. Neste momento estou a preparar um projecto para um campo de verão com jovens Arménios e Syrios-Armenios que muito prazer me tem dado planificar.
A ultima experiencia marcante que tive foi o reacender do conflito em Nagoro-Karabah, um região independente da Armênia da qual a população tem muito orgulho, estive a viajar pela região apenas duas semanas antes dos novos combates nas fronteiras. Uma área montanhosa cheia de maravilhosas paisagem e uma imensa cultura a ser descoberta. Não vou negar que assusta pensar que há uma possível guerra tão perto, mas ver o orgulho e a força que este povo tem e envia aos seus soldados é estonteante e impressionante.
Estou a gostar de todos os momentos que tenho vivido, todos os amigos que já fiz, todo o que já aprendi, estou a amar este experiência.
English Version
My name is Ana and I’m doing my EVS in Yerevan, Armenia at an organization with a pretty longue name, I’m working at ICIRLD, which means International Center for Intercultural Research, Learning and Dialogue. I’ve been here for 7 months and I still have more 5 months of great adventures.
When I decided to change my live destiny put on my Facebook a simple AMC Newsletter, without really noticing and only one and a half month later I was packing my bags and on my way to one year of big and new experiences. For those who doesn’t know, Armenia is a small country in Caucasus that is very proud to be the first country to adopt Christianity as an official religion and has great and ancient traditions.
I had never worked in an organization before and didn’t knew anything about non formal education, but since I’ve arrived I learned a lot about organizational projects and that is actually my main job here. I contact with people from all over Europe daily by e-mail our simply meeting people in our office coming by for one our another project. In this moment I’m finishing the application for a Summer Camp for young Armenians and Syrian-Armenians and this has been a pleasure to plan.
This past 7 months had been an adventure, I’ve traveled a bit all over Caucasus, from Tatev in the south of Armenia where the longest reversible cableway in the world is, to Tbilisi in Georgia were I’ve been already 4 times. I’m in love with Caucasus, with the people, with the food, with its stunning landscapes. I never thought that a country so far from mine could make you feel so much at home, the first few weeks were a challenge, since walking on the bus where we have to “shout” to the driver to stop when you want to live the bus, to the fact that people offer themselves to take your bags when there is no place to sit down, can be hard adaptation.
The last huge experience I had was the restart of the conflict in Nagoro-Karabah borders, an independent region of Armenia which the Armenian people are very proud about. I was traveling through the region just two weeks before the new fights started, a mountainous area full of wonderful landscapes and a vast culture to be discovered. I will not deny that is scary to think about a war so close, but to see how proud and strength this people are about their solders is overwhelming and stunning.
I’m enjoying and loving all the moments that I’m living, all the friends I’ve made, all that I’ve already gain, I’m loving everything.